A BRUXA ESTÁ SOLTA! Casos de coronavírus em comitiva e morte de ex-ministro abalam a semana presidencial
Ao menos cinco pessoas da comitiva oficial do presidente Bolsonaro estão com coronavírus
Desde que o presidente da República Jair Bolsonaro (sem legenda) e sua comitiva voltaram de uma viagem aos Estados Unidos da América nessa semana, a rotina presidencial tem sido monitorada. A razão é surto de coronavírus (COVID-19) que tem atingido diversos países nos últimos meses. Ao menos cinco pessoas que estiveram próximas ao presidente estão infectadas, mas o próprio Bolsonaro declarou em suas redes sociais que seu resultado teria atestado negativo.
O primeiro funcionário do Governo Federal a anunciar que contraiu a doença foi o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten. Também estão confirmados o senador Nelsinho Trad (PSD-MS); o diplomata Nestor Forster, indicado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington; a advogada Karina Kufa, tesoureira do Aliança pelo Brasil. O caso mais recente é o de um empresário que preferiu não se identificar. Ele estava presente no grupo que acompanhou a visita do presidente aos EUA.
Na manhã de sexta-feira (13), o colunista Leandro Mazzini, do jornal O Dia, informou que o primeiro teste para coronavírus de Jair Bolsonaro deu positivo. Mais tarde, a informação foi negada pelo próprio presidente via Twitter e Instagram. A previsão é que Bolsonaro faça dois novos exames, o primeiro após uma semana, e o segundo em 14 dias.
Além do presidente, já revelaram que seus exames deram negativo para o coronavírus a primeira-dama Michelle Bolsonaro; os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Augusto Heleno (Segurança Institucional), Ernesto Araújo (Relações Exteriores); o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, Raul Botelho; o senador Jorginho Mello (PL-SC); o governador Ratinho Junior (PSD-PR); os deputados Eduardo Bolsonaro (sem partido-SP) e Daniel Freitas (PSL-SC); e o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins.
Os demais membros da comitiva oficial que viajaram com o presidente também realizaram exames para saber se foram infectados. Eles estão aguardando os resultados dos seus testes, ou ainda não os divulgaram, e estão cumprindo os protocolos de isolamento de quem volta do exterior.
O discurso mudou
Ao falar em um evento em Miami (EUA) na última terça-feira (10), Jair Bolsonaro minimizou os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, embora haja motivos para preocupação, a questão do Covid-19 está sendo propagada de forma exagerada.
“Obviamente, temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo”, disse Bolsonaro.
O presidente estava despreocupado com a doença, tanto que, ao voltar para o Brasil, não chegou a cumprir o período de isolamento orientado pelo Ministério da Saúde. Porém, após o primeiro caso de coronavírus em sua equipe, decidiu tomar as devidas precauções e readaptou sua rotina. O presidente suspendeu viagens e começou a evitar abraços e fotos com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada.
Luto
Gustavo Bebianno, ex-secretário-geral da Presidência da República e pré-candidato do PSDB à prefeitura do Rio, morreu aos 56 anos após ter um infarto fulminante na madrugada deste sábado (14). O ex-ministro estava com o filho em seu sítio, na cidade de Teresópolis (RJ), quando, por volta das 4h, sentiu-se mal e sofreu uma queda. Sua morte ocorreu logo após ser levado a um hospital da região.