PEGANDO FOGO! – Guerra no MP após saída de Gaspar
Eleições do Ministério Público de Alagoas acontecerá no próximo dia 17; a disputa tende a ser acirrada
No início deste mês, o procurador-geral de justiça interno do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL), Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, pediu afastamento do cargo. O motivo seria a disputa da chefia da Instituição.
O pedido de afastamento foi protocolado na quinta-feira (12) e encaminhado ao subprocurador-geral judicial, Sérgio Jucá, que, por lei, assumiu o posto. Márcio Roberto, que ocupava essa última função, assumiu a Procuradoria-Geral de Justiça no dia 3 de março, após a renúncia do então procurador-geral, Alfredo Gaspar.
O pleito para a escolha do novo procurador-geral de justiça acontecerá no próximo dia 17 de abril. O que se sabe é que a disputa será bastante acirrada, e o clima já esquentou nos bastidores.
Eduardo Tavares, é um candidato forte e habilidoso, um tanto estrategista. Tem grandes chances de assumir o cargo. O favoritismo talvez esteja para o lado de Márcio Roberto, candidato dos deputados, se afastou do cargo para a eleição e, sem dúvidas, é outro peso pesado do MP.
O Procurador Carnaúba também vem para a disputa. Candidato forte, é a voz da pacificação. Alguns promotores de justiça também estão presentes na disputa, entre os nomes, destaca-se o promotor Flávio Gomes.
Todos atuantes no Ministério Público de Alagoas, são rostos bem conhecidos. Cada um com sua estratégia, se enfrentam em um ato democrático. Só nos resta aguardar o dia do pleito, onde tudo pode acontecer. A única certeza é que saberemos o nome do futuro procurador e, que este, enfrentará algumas dificuldades no início do mandato. Que vença o menos pior!
A eleição
O pleito que vai eleger a lista tríplice dos candidatos ao cargo de procurador-geral de justiça, de acordo com a Resolução do Colégio de Procuradores de Justiça (CPJ) nº 2/2020, vai acontecer no dia 17 de abril, no prédio-sede do Ministério Público Estadual de Alagoas.
Tal eleição é prevista no § 2º do art. 8º da Lei Complementar Estadual nº 15 de 22 de novembro de 1996. Os três membros mais votados, obedecida a ordem decrescente de votação, não computados os votos em branco e os nulos, resolvidos os empates pela antiguidade na instância, na carreira, no serviço público e, finalmente, pela idade, preferindo-se os mais antigos, que podem ser promotores e/ou procuradores de justiça, terão seus nomes encaminhados ao governador do estado, que é a autoridade que vai escolher quem comandará os destinos do Ministério Público, por dois anos, a partir de 2 de janeiro de 2021.
Para disputar o cargo, a candidatura à lista tríplice depende de requerimento do interessado, que deverá ser encaminhado à Comissão Eleitoral, devendo ser publicada a relação dos elegíveis até quinze dias antes do pleito, pelo Colégio de Procuradores de Justiça.
E a Comissão Eleitoral já está escolhida. Ela será presidida pelo procurador-geral de justiça em exercício, Sérgio Jucá, e pelos promotores de justiça Isaac Sandes Dias Luciano Romero da Matta Monteiro e Almir José Crescêncio (que está na condição de suplente).