EM ALAGOAS: Infectologistas defendem manutenção do isolamento social para conter a Covid-19
Grupo técnico formado por profissionais das redes pública e privada vai acompanhar a evolução da doença no Estado e subsidiar as ações da Sesau
Um grupo de médicos infectologistas das redes pública e privada de Alagoas defende a manutenção das medidas de isolamento social e a ampliação da infraestrutura da saúde pública do Estado para conter o avanço do coronavírus.
“O Grupo Técnico existe afim de dar suporte às autoridades para que possam tomar decisões embasadas no conhecimento científico”, afirmou o médico Fernando Maia, presidente da Sociedade Alagoana de Infectologia e um dos integrantes do Grupo Técnico. E uma dessas decisões diz respeito à duração do período de isolamento social, estabelecido por meio do decreto de situação de emergência, válido até segunda-feira (30), podendo ser prorrogado.
“Medidas para conter a cascata de transmissão e, dessa forma, reduzir o número de casos e óbitos são urgentemente necessárias e demandam esforço coletivo. Faz-se necessária a estratégia de isolamento social, avaliada em diversos estudos como medida mais efetiva para redução da velocidade de propagação do vírus na população, permitindo que um menor número de pessoas precise dos serviços de saúde e possibilite adequar o suporte para atendimento ambulatorial e hospitalar”, diz a nota técnica assinada por cinco profissionais.
O grupo técnico passou a orientar a Secretaria de Estado da Saúde para que o Estado possa tomar decisões embasadas no conhecimento científico, afirma o médico Fernando Maia, presidente da Sociedade Alagoana de Infectologia.
Para o grupo, ainda não se tem o conhecimento ideal do momento epidemiológico em que Alagoas se encontra e, por isso, é necessária adoção de medidas para conter a cascata de transmissão para, dessa forma, reduzir o número de casos e de óbitos.
Além de Maia, o Grupo Técnico é formado por José Maria Constant (coordenador), Luciana Maria de Medeiros Pacheco (Diretora médica do Hospital Escola Hélvio Auto), Maria Thereza Freitas Tenório (vice-presidente da ALACIH) e Sarah Dominique Dellabianca Araújo (Coordenadora da CCIH do Hospital Unimed Maceió).
“Embora saibamos que a maioria dos casos acontece de forma benigna, de 15% a 20% podem precisar de hospitalização, então temos de dar esse tempo para que a rede realmente se organize e as pessoas sejam treinadas e capacitadas”, ressaltou a diretora médica do Hospital Escola Hélvio Auto.
“Continuaremos em reunião permanente para contribuir com suporte científico, que possa embasar o enfrentamento dessa grave situação de forma mais eficiente, reafirmando nosso compromisso com a saúde pública do nosso Estado”, finaliza a nota do Grupo Técnico.