IRAPUÃ DANTAS – Chegou a hora dos pequenos e médios do mercado imobiliário brasileiro ganharem o protagonismo

 

O mercado imobiliário brasileiro sempre foi um ativo importante na carteira de quem investe, uma vez que a demanda por imóveis cresce e se diversifica a cada ano. Se, antes, comprava-se imóvel para alugar ou mesmo investir, atualmente os fundos imobiliários e as mais variadas formas de aplicar o dinheiro nesse setor ganharam o gosto do investidor brasileiro. Com isso, a busca por novos projetos imobiliários por parte do mercado financeiro aumentou.

Se pensarmos que até 2009 havia apenas 12 mil investidores pessoa física em fundos imobiliários na B3 – Bolsa de Valores e 2022 terminou com quase 2 milhões de players, sem falar que hoje já são mais de 800 fundos ativos, sendo que mais da metade está listada na B3, houve aí um grande salto.

Mas se por um lado há interesse das gestoras de investimento em direcionar seus clientes para esses fundos – uma vez que as taxas pagas estão acima do mercado de renda fixa diante da taxa básica de juros em alta – do outro ainda há necessidade de o mercado imobiliário ampliar o seu conhecimento sobre as mais diversas modalidades de captação de recursos para viabilizar os seus projetos. As pequenas e médias construtoras, incorporadoras, como também loteadores e proprietários de terrenos, ainda quebram a cabeça.

O Brasil comercializa, por ano, cerca de 157 mil imóveis, de acordo com a Abrainc – Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias -, e desse total o volume de unidades de médio e de alto padrões já representa, aproximadamente, 30%. Junto a esse dado se une um outro levantamento, realizado pela Caio Calfat Real Estate Consulting, que evidencia um mercado de multipropriedade em franco crescimento.

Atualmente, existem 180 empreendimentos de multipropriedade em operação, construção e lançamento – levantamento feito entre maio de 2022 a abril de 2023 – e a cada dia novos anúncios são feitos de projetos futuros. Um mercado que se conecta com o perfil do cidadão pós-pandemia, que busca experiências, conforto, conhecer novos destinos em meio a uma vida mais amena e equilibrada e a necessidade de preparação de novos destinos turísticos para atender os anseios de quem gosta de viajar.

Em meio a esse turbilhão de oportunidades, que deve ser ainda mais aquecido já para o começo do próximo ano com uma taxa de juros mais baixa e automaticamente uma volta às compras no mercado de imóveis – como o mercado financeiro já vem projetando – quem começar a se organizar agora poderá viabilizar o seu projeto imobiliário em um momento de mercado aquecido, com forte demanda.

E os índices de lançamento e vendas no ramo imobiliário, que amargaram fortes quedas no primeiro semestre do ano, prometem mudar a curva e voltar à rota ascendente. Mas para aproveitar esse movimento é preciso estar atento às oportunidades e buscar um caminho concreto para levar soluções interessantes a esse mercado que virá sedento por inovação e novidades, no que se refere à localização, design, tecnologia, experiências e tudo o que envolve o mundo imobiliário. Essa foi a tônica do Adit Invest, principal fórum sobre funding e investimentos imobiliários que reuniu mais de 300 players dos mercados imobiliário e financeiro em São Paulo, recentemente.

Mas não se engane: se você busca viabilizar seu projeto com investimentos via fundos imobiliários, é preciso estar atento e aditar as melhores práticas do mercado em relação à transparência, governança e estar com seus processos bem estruturados. É isso que gera a segurança jurídica e a econômica para o comprador e isso que ajuda a fazer seu projeto atraente para o mercado financeiro. Tudo isso aprendido, chegou a hora de os pequenos e médios do mercado imobiliário ganharem o protagonismo. Preparado?

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