Elon Musk perde prazo para recorrer de decisão que bloqueou contas da Starlink Holding no Brasil, afirma Supremo Tribunal Federal.
A decisão de Moraes foi embasada na existência de um “grupo econômico de fato” liderado por Elon Musk. No dia 24 de agosto, o ministro determinou o bloqueio de todos os valores financeiros da empresa no Brasil como forma de assegurar o pagamento de multas impostas pela Justiça brasileira contra a rede social X. A Starlink foi notificada em 27 de agosto e o prazo para recurso, que era de 5 dias, expirou na segunda-feira, 2 de setembro.
A Starlink Holding, que oferece serviços de internet por satélite, teve todos os gestores no Brasil notificados e intimados a prestarem esclarecimentos sobre os valores devidos à Justiça brasileira pela rede X.
Elon Musk decidiu fechar o escritório da rede social X no Brasil em 17 de agosto, após atritos com o ministro Alexandre de Moraes. O bilionário argumentou que não concordava com as multas aplicadas pelo STF e com a exigência de retirada de conteúdos que violassem o Estado Democrático de Direito e a legislação brasileira.
Com o fechamento do escritório, Moraes determinou que Musk designasse um representante legal para responder oficialmente pelos atos da plataforma. Como a rede X não cumpriu essa determinação, o antigo Twitter foi bloqueado no Brasil.
Esses desdobramentos revelam a complexa e muitas vezes tensa relação entre grandes empresas de tecnologia e as leis brasileiras, especialmente quando se trata de questões de conteúdo e responsabilidade. A Starlink Holding agora busca soluções para reverter a situação e recuperar o acesso às contas bloqueadas no país.