Mãe revela que filha era agredida pelo pai em reprodução simulada da morte de criança; hipótese de homicídio é descartada.
Durante a reconstituição do caso, que contou com a presença de peritos da Polícia Científica, membros do Ministério Público, advogados e agentes da Polícia Civil, Maria Virgínia desabafou sobre o relacionamento abusivo da filha com o pai. Segundo a mãe da vítima, o pai batia muito na criança, inclusive a chamava de “coisas feias”. Maria Virgínia relatou que ela e seus filhos também eram agredidos pelo marido, mas que tentava manter o casamento.
A tragédia se deu no momento em que a vítima estava brincando com seu irmão e ele se machucou, sendo levado ao hospital. Maria Katharina ficou em casa e, ao retorno de sua mãe, foi encontrada sem vida. Segundo o relato de Maria Virgínia, ao chegar em casa, deparou-se com a filha já sem vida, e o marido chegou meia hora depois.
Após o trágico acontecimento, a mãe da menor solicitou o divórcio e uma medida protetiva. A reprodução das versões da mãe e do pai foram realizadas nesta terça-feira e serão analisadas pela perícia, que buscará compreender os detalhes do evento. O perito Edson Ferreira destacou a importância de analisar as posições dos objetos na cena do crime para estabelecer como o ato ocorreu.
Durante a reprodução simulada, foi possível confirmar que a menina poderia ter amarrado a corda e se enforcado, descartando a hipótese de homicídio. Um manequim foi utilizado para representar as características físicas de Katharina durante a simulação, que trouxe à tona ainda mais a tragédia que envolveu a família. A Polícia Civil declarou que a hipótese de homicídio foi praticamente descartada após as investigações realizadas.