CAMARA DOS DEPUTADOS – Fórum Prevenção da Cegueira destaca necessidade de diagnóstico precoce e tratamento oftalmológico no Brasil. Acesso ao SUS é fundamental.[embed]https://www.youtube.com/watch?v=Y0cW-W6lfQ8[/embed]

No dia 04 de setembro de 2024, um importante simpósio foi realizado na Câmara dos Deputados, reunindo participantes do Fórum Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual na Infância. Durante o evento, foi ressaltada a importância do diagnóstico precoce de problemas oftalmológicos em crianças, assim como a necessidade de acesso aos tratamentos disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Um dos destaques do simpósio foi um levantamento realizado em São Paulo, citado pelo presidente do Congresso Brasileiro de Oftalmologia, Marcos Ávila. Este levantamento apontou que os pacientes levam de 206 a 1.499 dias para ter acesso ao tratamento para retinopatia diabética no estado, um tempo considerado excessivo pelo médico.

Durante o evento, a presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Wilma Lelis Barboza, explicou que a retinopatia diabética é a terceira principal causa de cegueira no Brasil, ficando atrás apenas da catarata e do glaucoma. Embora não possua cura, a doença pode ser controlada se tratada corretamente.

O médico Marcos Ávila destacou que o Brasil dispõe de cinco medicamentos para tratar retinopatia diabética, todos oferecidos pelo SUS. No entanto, apenas 17% dos pacientes são tratados e apenas 2,89% recebem o protocolo ideal de tratamento. Segundo ele, o Brasil possui cerca de 7,1 milhão de pacientes com retinopatia diabética, o que representa uma preocupação extrema.

Além disso, foi discutida a questão do glaucoma, com a médica Wilma Barboza ressaltando que a proporção de pessoas que conseguem acesso ao tratamento é baixa, mesmo considerando apenas a região Sul do país. No caso das crianças, a coordenadora da comissão de oftalmologia social do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Celia Nakanami, enfatizou a importância do diagnóstico precoce, destacando que as deficiências visuais na infância podem trazer prejuízos permanentes ao desenvolvimento.

É evidente a necessidade de políticas mais eficazes para garantir o acesso ao diagnóstico precoce e tratamento de problemas oftalmológicos, principalmente em crianças, a fim de evitar complicações e prejuízos à saúde visual. A atenção a essas questões é fundamental para a promoção da saúde ocular e qualidade de vida da população.

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