Intervenção de Padilha na sabatina de Galípolo desagrada senadores no SenadoFederal em Brasília.
Padilha indicou que o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), seria o relator da sabatina de Galípolo, mas a prerrogativa para essa escolha é do presidente da CAE, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). A atitude do ministro de antecipar o anúncio desagradou os senadores, que esperavam a manifestação de Cardoso sobre o assunto.
A intenção do governo era realizar a sabatina de Galípolo na semana de 9 de setembro, porém os parlamentares consideraram a data inviável e preferem discutir o caso após o primeiro turno das eleições municipais, que está marcado para 6 de outubro. Após a sabatina, a indicação de Galípolo ainda precisa ser votada na CAE e apreciada no plenário do Senado, sem uma data definida para isso acontecer.
Padilha, que comanda a Secretaria de Relações Institucionais e é responsável pela articulação política do governo, não tem uma boa interlocução no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados, onde é considerado um “desafeto” pessoal do presidente Arthur Lira (PP-AL). A antecipação do nome de Jaques Wagner como relator da sabatina de Galípolo antes da manifestação do Senado gerou um clima desagradável entre Padilha e os parlamentares.
A situação evidencia a falta de diálogo e estratégia política por parte do governo, que tentou impor uma agenda sem o devido consenso e respeito às prerrogativas congressuais. O descontentamento dos senadores reflete a necessidade de um trabalho mais próximo e transparente entre os poderes, a fim de garantir a legitimidade das decisões tomadas no âmbito político e econômico do país.