Árbitro brasileiro do judô se torna supervisor de arbitragem da Federação Internacional pela primeira vez no país.
Com uma carreira dedicada ao judô, Mariano traz consigo a experiência de anos no tatame, entendendo a pressão e responsabilidade que os árbitros enfrentam durante as competições. Em uma entrevista ao Metrópoles, ele ressalta a importância de aplicar as regras corretamente, sem se tornar meros “caçadores de punições”.
Apesar de sua recente promoção como supervisor de arbitragem, Mariano esteve presente nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, ainda como árbitro de tatame. Ele reconhece que durante o evento houve uma intervenção excessiva do VAR, destacando que os erros percebidos são passíveis de revisão, porém a decisão final cabe aos superiores.
Um dos casos emblemáticos discutidos por Mariano é o da atleta Rafaela Silva, que acabou prejudicada pela arbitragem ao não receber a contagem de pontos devidos. Este erro culminou na perda da disputa pelo ouro e na consequente disputa pelo bronze, na qual a brasileira foi derrotada por falta de competitividade.
Sua estreia como supervisor de arbitragem no VAR do judô durante o Grand Prix de Zagreb, na Croácia, foi bem sucedida, recebendo elogios por sua atuação. Mariano destaca que sua formação como árbitro de tatame foi fundamental para esse sucesso, já que a maioria dos supervisores de vídeo não possui essa experiência prática.
Ao final da entrevista, Mariano agradece o apoio de sua federação, do sensei Luiz Gonzaga Filho, da Federação Internacional de Judô, bem como de outros profissionais que o auxiliaram nessa jornada. Sua trajetória representa não apenas uma conquista pessoal, mas um marco para a arbitragem brasileira no judô.