ECONOMIA – Dívida Pública Federal cai em agosto e fica abaixo de R$ 7,1 trilhões, influenciada por vencimentos de títulos vinculados à inflação.
Essa redução foi influenciada principalmente pelo alto volume de vencimentos de títulos vinculados à inflação. A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) também registrou uma queda de 1,55%, passando de R$ 6,822 trilhões em julho para R$ 6,716 trilhões em agosto. Isso se deve ao resgate de R$ 163,17 bilhões em títulos, principalmente papéis corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Apesar da queda, a DPF continua dentro do esperado de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê um estoque da DPF entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões para o encerramento de 2024. O governo emitiu R$ 107,55 bilhões em títulos da DPMFi no mês passado, com destaque para a demanda por títulos corrigidos pela Taxa Selic.
No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) também teve um aumento de 0,48%, chegando a R$ 319,17 bilhões em agosto. Esse avanço foi impulsionado pela correção de juros, já que o dólar teve uma leve queda de 0,1% no último mês.
Importante ressaltar que a divulgação dos dados do colchão da dívida pública, a reserva financeira usada em momentos de instabilidade, foi adiada devido à greve no Tesouro Nacional. Além disso, os detalhes sobre a distribuição dos detentores da DPF não foram revelados, o que inclui instituições financeiras, fundos de pensão, fundos de investimento, investidores estrangeiros, entre outros grupos.
Em relação à composição da dívida, os títulos vinculados à Taxa Selic ganharam mais espaço em agosto, representando 46,85% da DPF. Os títulos prefixados também tiveram um aumento, enquanto a participação dos títulos corrigidos pela inflação sofreu uma redução. O prazo médio da DPF subiu para 4,11 anos, o que demonstra a confiança dos investidores na capacidade do governo de cumprir suas obrigações financeiras.
É importante destacar que através da dívida pública, o governo se endivida com investidores para garantir o funcionamento da máquina pública, comprometendo-se a devolver os recursos em um prazo determinado. A correta gestão da dívida pública é fundamental para a estabilidade econômica do país e para manter a confiança dos investidores.