Estelionatário amoroso, conhecido como Novinho do Tinder, é preso em Brasília após enganar 37 mulheres em golpes via aplicativos de relacionamento.
Com uma lábia afiada, o Novinho do Tinder começou sua saga de golpes em 2017, utilizando aplicativos e sites de relacionamentos para fisgar suas vítimas. Ele se passava por um advogado bem sucedido e empresário de sucesso, conquistando a confiança de mulheres emocionalmente frágeis com falsas juras de amor. Em seguida, convencia as vítimas a fazerem transferências via Pix em esquemas financeiros fictícios.
Além dos golpes financeiros, o Novinho do Tinder também é investigado por furtos diversos, lesões corporais e estupro de vulnerável no contexto da Lei Maria da Penha. Suas vítimas se espalham por diversas regiões do Distrito Federal, incluindo Brazlândia, Asa Sul, Cruzeiro, Paranoá, Taguatinga, Samambaia, Ceilândia, Recanto das Emas, Guará e Gama.
Durante a investigação, apurou-se que o criminoso usava 122 chaves Pix diferentes para consumar os golpes, trocava frequentemente de linhas telefônicas e chegou a causar um prejuízo estimado em R$ 50 mil às mulheres do Distrito Federal. A Polícia Civil ainda busca informações sobre um suposto golpe de R$ 80 mil aplicado em uma médica de São Paulo, mas a vítima não foi localizada.
Em 2023, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve uma condenação anterior do Novinho do Tinder por estelionato sentimental, impondo uma pena de um ano e nove meses de reclusão, em regime aberto, além da reparação de danos à vítima, no valor de R$ 1,4 mil.
O criminoso deixou um rastro de destruição por onde passou, manipulando e prejudicando dezenas de mulheres ao longo dos anos. Seu modus operandi era envolvente e cruel, demonstrando um comportamento predatório e calculista que agora o levou para trás das grades. A PCDF continua investigando o caso e buscando justiça para todas as vítimas do Novinho do Tinder.