ALAGOAS – Biblioteca Pública Estadual exibe curtas alagoanos no projeto Cine Biblio, nesta sexta-feira (4)
O projeto Cine Biblio tem como foco a exibição de produções cinematográficas locais, fortalecendo assim a cultura e a economia criativa do estado. Nesta edição, serão apresentados oito curtas-metragens que refletem a diversidade e a riqueza cultural de Alagoas. Entre os filmes selecionados, estão “Vamos Ficar Sozinhas”, de Leonardo A. Amorim; “Desalmada e Atrevida”, de Pedro da Rocha; “O Nagô e o Tempo”, de Luiz Henrique Carvalho; “Ilhas de Calor”, de Ulisses Arthur; “Eu (r)existo! Vivências Periféricas LGBTQIAPN+”, de Antônio Skalybul e Maria Victória Apolinario; “Quando a Grota Vira Mundo”, de Juliana Paz e Laura Yasmin; e “Exclusão”, produzido no âmbito do programa Digaê.
A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, destacou a importância do projeto na democratização do acesso à cultura. “O Cine Biblio é uma oportunidade de democratizar o acesso à cultura, especialmente em um espaço de tanto valor histórico como a Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos. Valorizar o audiovisual alagoano é fortalecer nossa identidade e as vozes que surgem do nosso Estado,” afirmou.
Mira Dantas, supervisora da Biblioteca, reforçou o papel inclusivo da iniciativa. “O Cine Biblio não é apenas um espaço para ver filmes, mas para refletir sobre a nossa cultura e as questões sociais do nosso tempo. A cada exibição, buscamos provocar o público a pensar criticamente e valorizar as histórias contadas por cineastas locais. Nossa missão é fazer da Biblioteca um espaço de experiências transformadoras,” disse Dantas.
Entre os filmes que serão exibidos, “Vamos Ficar Sozinhas”, dirigido por Leonardo A. Amorim, conta a história de Elis e Luisa, duas amigas que se reencontram na festa de reunião da turma, após um longo período afastadas. Já “Desalmada e Atrevida”, de Pedro da Rocha, aborda a jornada de Ademir, que após uma desilusão amorosa, encontra novo sentido em sua vida ao conhecer Carminha. “O Nagô e o Tempo” resgata as tradições de culto a Orixá, enquanto “Ilhas de Calor” narra a história de Fabrício, um jovem estudante que expressa suas emoções através do rap.
“Eu (r)existo! Vivências Periféricas LGBTQIAPN+” e “Quando a Grota Vira Mundo” são produções que tratam das experiências de jovens marginalizados em Maceió, oferecendo um olhar íntimo sobre suas lutas e conquistas. Por fim, “Exclusão” resume a realidade dos moradores do Vale do Reginaldo, destacando a falta de saneamento básico nas periferias da cidade.
A iniciativa do Cine Biblio se configura, portanto, não apenas como entretenimento, mas também como um momento de reflexão e valorização da cultura alagoana.