Deputado distrital investigado pela PF por supostos crimes eleitorais envolvendo distribuição de verbas da campanha de 2022.
A investigação se concentra na destinação de recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. De acordo com as informações levantadas, o deputado recebeu R$ 100 mil desse fundo e distribuiu R$ 75 mil para apenas cinco pessoas, levantando suspeitas sobre a utilização adequada desses recursos.
A Polícia Federal convocou Rogério Morro da Cruz e pelo menos três de seus assessores para depor em agosto de 2024. Antes disso, outros indivíduos que trabalharam na campanha eleitoral do deputado também foram ouvidos pelas autoridades.
Durante os depoimentos, um dos beneficiados com os recursos, o bombeiro civil Paulo Henrique, afirmou que foi orientado a repassar parte do valor recebido para outra pessoa ligada ao deputado. Além disso, ele relatou ter recebido mensagens ameaçadoras de Klebson, assessor do parlamentar, sob suposta ordem de outro beneficiado, João José Fernandes.
A pedagoga aposentada e cozinheira Jacqueline Rosa também foi ouvida pela polícia e admitiu ter recebido e sacado R$ 20 mil em recursos da campanha, após inicialmente dizer que não se recordava do valor recebido.
O Tribunal Regional Eleitoral do DF também avaliou os gastos da campanha de Rogério Morro da Cruz e aprovou as contas com ressalvas, apesar das ponderações da Procuradoria Regional Eleitoral sobre possíveis irregularidades.
Diante das acusações e investigações em curso, o deputado afirmou que a investigação está em fase preliminar e que colaborará com as autoridades para esclarecer os fatos. Seu advogado ressaltou que a legalidade de suas ações será comprovada. O espaço está aberto para eventuais manifestações dos envolvidos no caso.