Governo federal decreta bloqueio de R$ 13,3 bilhões no Orçamento para cumprir meta fiscal em 2024, atingindo ministérios chave.
Dentro do montante bloqueado, R$ 8,61 bilhões virão do Poder Executivo e R$ 3,67 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os outros R$ 974,8 milhões correspondem a emendas de comissão específicas. De acordo com o decreto publicado, os dez ministérios com os maiores bloqueios no Orçamento incluem também Transportes, Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Integração e Desenvolvimento Regional, Defesa, Agricultura e Pecuária, Previdência Social e Turismo.
As medidas de contenção nos gastos devem ser apresentadas por todas as seções da administração pública federal até a próxima segunda-feira (7/10), sendo passíveis de substituição a qualquer momento. O Ministério do Planejamento e Orçamento justifica que a distribuição dos bloqueios teve como diretriz a continuidade de políticas públicas.
Esse decreto de bloqueio já era esperado desde o último dia 20, quando o governo federal anunciou a medida. Nesse mesmo dia, foi divulgado o bloqueio de R$ 2,1 bilhões, que se somou aos R$ 11,2 bilhões anunciados em julho, resultando nos R$ 13,3 bilhões bloqueados no orçamento de 2024.
Os bloqueios orçamentários são realizados quando há aumento nas despesas, garantindo que o limite de crescimento dos gastos seja mantido em 2,5% ao ano, descontada a inflação. Mesmo com a meta fiscal de déficit zero, o Congresso prevê uma tolerância de estouro na despesa em até 0,25%.
Diante da pressão do mercado e do Banco Central para a contenção das despesas e respeito à diferença entre a arrecadação e os gastos, o governo tem trabalhado para cumprir a meta fiscal. Cortes, bloqueios e ações para aumentar a arrecadação, como a taxação de compras internacionais até US$ 50, são algumas das estratégias adotadas para manter a estabilidade financeira e econômica do país.