Israel inicia operações terrestres contra o Hezbollah no sul do Líbano, enquanto bombardeios resultam em mais de mil mortos.
O porta-voz do exército israelense, Avichai Adraee, comunicou por meio de uma mensagem em árabe no Telegram sobre os violentos confrontos no sul do Líbano e orientou para que as pessoas não se desloquem na região. Ele ainda acusou o Hezbollah de utilizar civis como escudos humanos.
Por sua vez, o número dois do Hezbollah, Naim Qassem, declarou que um novo líder do movimento xiita será nomeado para substituir Hassan Nasrallah, que foi assassinado na semana anterior. Qassem afirmou que o Hezbollah está preparado para uma eventual ofensiva terrestre por parte de Israel.
Desde o início dos bombardeios em 23 de setembro, mais de mil pessoas, principalmente civis, perderam suas vidas e 6 mil ficaram feridas, de acordo com o ministério da Saúde do Líbano. Os ataques de segunda-feira resultaram em 95 mortes. Além disso, cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas, levando a ONU a fazer um apelo por um fundo de US$ 400 milhões para ajudar os deslocados.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, alertou para a grave situação vivida pelo país diante dos ataques de Israel. Ele pediu ajuda urgente das Nações Unidas para auxiliar os civis deslocados e ressaltou a importância de dar suporte aos afetados pelos conflitos.
A França está se preparando para a possibilidade de retirar seus cidadãos do Líbano, com um porta-helicópteros da marinha francesa sendo abastecido para se posicionar no Mediterrâneo. A Lufthansa também anunciou a suspensão de voos entre Beirute até 30 de novembro, devido ao recrudescimento dos ataques israelenses.
A situação no Líbano é tensa e marcada pelo conflito entre Israel e o Hezbollah, com consequências devastadoras para a população civil e a necessidade urgente de assistência humanitária.