Estudo reforça importância da mamografia anual após os 40 anos para diagnóstico precoce do câncer de mama.
De acordo com os resultados do estudo, 9% das mulheres que faziam mamografia anualmente descobriram a doença em estágio avançado, enquanto esse índice foi de 14% para aquelas que realizavam o exame a cada dois anos e de 19% para as que faziam de forma intermitente. Essa tendência se manteve independentemente da idade, raça e menopausa das pacientes.
Os pesquisadores destacaram a importância do rastreamento anual para o diagnóstico precoce e aumento da sobrevida no caso do câncer de mama. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) projeta quase 74 mil novos casos da doença por ano entre 2023 e 2025. Quando diagnosticado em estágio inicial, as chances de cura do câncer de mama podem chegar a 95%, sendo a mamografia e o ultrassom essenciais nesse processo.
Apesar dos benefícios evidenciados pela pesquisa, ainda existem divergências em relação às diretrizes para o início do rastreamento mamográfico. Enquanto nos Estados Unidos recomenda-se a realização de mamografias anuais após os 40 anos, no Brasil as orientações são conflitantes. O Inca preconiza o rastreamento apenas a cada dois anos, em mulheres de 50 a 69 anos, enquanto a Sociedade Brasileira de Mastologia e outras entidades defendem a mamografia anual a partir dos 40 anos.
Segundo especialistas, é fundamental promover o debate e a conscientização sobre a importância do rastreamento mamográfico para o diagnóstico precoce do câncer de mama, visando a redução da taxa de mortalidade e o aumento das chances de cura da doença. A mamografia anual é uma ferramenta crucial nesse cenário, sendo capaz de identificar tumores de forma mais precoce e possibilitar um tratamento mais eficaz.