Rede Repórter

BRICS detém 21,4% das reservas de ouro do mundo, com Rússia e China liderando em toneladas armazenadas, revela análise recente.

Os países membros do BRICS, uma aliança que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além de novos integrantes como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos, e Arábia Saudita, detêm uma fatia significativa das reservas globais de ouro, totalizando mais de 20%. De acordo com estimativas recentes, no final do segundo trimestre de 2024, as reservas mundiais de ouro somavam aproximadamente 29,03 mil toneladas. Dentre essas, 6,2 mil toneladas, ou 21,4%, estão sob a posse dos países do BRICS, evidenciando seu crescimento e influência no cenário econômico global.

Dentro deste blocos, a Rússia e a China são os líderes nas reservas de ouro. A Rússia, em particular, possui cerca de 2,34 mil toneladas, representando 8,1% do total global e 37,6% das reservas dos países do BRICS. Por outro lado, a China detém 2,26 mil toneladas, o que equivale a 7,8% das reservas mundiais e 36,4% das reservas da aliança. Os outros países do BRICS, incluindo Índia, Arábia Saudita, Brasil, Egito, África do Sul e Emirados Árabes Unidos, juntos somam menos de 3% da totalidade das reservas.

Comparando com outras potências globais, os Estados Unidos se destacam com as maiores reservas, com 8,1 mil toneladas, o que representa quase um terço do total mundial. Seguem-se Alemanha, Itália e França, que também possuem quantidades significativas de ouro.

Esses dados emergiram em um momento crucial, poucos dias antes da 16ª Cúpula do BRICS que acontecerá em Kazan entre 22 e 24 de outubro. O evento marcará a continuidade das discussões sobre a cooperação econômica e estratégias comuns para fortalecer a posição do BRICS na economia global, especialmente em um contexto de crescente desconfiança em relação ao domínio do dólar americano.

A associação BRICS, que se formou em 2006 e assumiu um papel proeminente na geopolítica, está passando por um período de expansão e reavaliação, com novos membros expandindo não apenas sua influência econômica, mas também criando uma nova dinâmica nas relações internacionais. Assim, o papel do ouro, como reserva de valor e símbolo de segurança econômica, torna-se ainda mais relevante nesse cenário, negando a hegemonia perpetuada por poderes ocidentais.

Sair da versão mobile