Deputado moldavo classifica integração europeia como colonização e se opõe ao referendo sobre a adesão à União Europeia
Durante o referendo, os eleitores moldavos foram questionados sobre sua disposição em apoiar uma alteração constitucional que facilitaria a adesão à União Europeia. O pleito, considerado válido devido à participação superior a 33,3%, trouxe à tona o debate sobre a identidade nacional e o futuro geopolítico da Moldávia, que atualmente mantém vínculos significativos com a Rússia.
Bolia, que teve sua candidatura à presidência rejeitada pela Comissão Eleitoral Central (CEC), criticou o governo da presidente Maia Sandu, acusando-o de manipular o processo eleitoral em favorecimento de suas políticas eurocéticas. Em suas postagens, destacou a importância do pleito como oportunidade para os cidadãos expressarem suas opiniões sobre o futuro do país, sublinhando que a Moldávia deve ser vista como um povo livre e não como uma colônia.
A CEC justificou a rejeição ao seu registro eleitoral com base em supostos vínculos do deputado com partidos políticos, descumprindo, assim, os requisitos para candidaturas independentes. A oposição considera essa decisão uma ação política orquestrada para silenciar os defensores de uma aproximação com a União Econômica da Eurásia, um bloco que rivaliza com a União Europeia na influência sobre a Moldávia.
As eleições presidenciais deste ano contam com a participação de um total de 11 candidatos, incluindo a atual presidente Maia Sandu, que busca a reeleição, e outros opositores como o ex-procurador-geral Alexandru Stoianoglo e Renato Usatîi. Caso nenhum candidato alcance mais de 50% dos votos no primeiro turno, um segundo turno está agendado para o dia 3 de novembro.
Com tensões políticas crescentes e a polarização da opinião pública, a Moldávia se encontra em uma encruzilhada, onde seu futuro geopolítico e a identidade nacional estão sendo discutidos de forma acirrada entre as várias facções e partidos.