A prisão de Adriana marca a segunda fase da Operação Verum, que visa desvendar as irregularidades cometidas no laboratório PCS Lab. Na primeira etapa da operação, realizada na semana anterior, duas pessoas, incluindo o técnico de laboratório Ivanilson Santos, foram detidas. Segundo Santos, a coordenadora Adriana teria orientado a economizar no controle de qualidade dos exames sorológicos, o que resultou em uma falha operacional que permitiu a contaminação dos pacientes transplantados.
As diligências realizadas no último domingo incluíram o cumprimento de mandados de busca e apreensão em outros sete alvos, com o intuito de reunir mais provas para esclarecer o caso. A Decon considerou concluída a primeira etapa da investigação e agora concentra esforços na análise dos documentos e materiais apreendidos.
De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia do Consumidor, o laboratório PCS Lab teria reduzido os custos operacionais ao diminuir a frequência dos controles de qualidade, passando de diário para semanal. Essa prática inadequada resultou na contaminação dos pacientes transplantados.
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) informou que a força-tarefa do governo do estado está empenhada em esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos em caso de comprovação de irregularidades. Além disso, o laboratório em questão foi contratado pelo governo do Rio de Janeiro de forma emergencial e sem licitação, levantando questionamentos sobre possíveis vínculos políticos no processo de contratação.
Diante da gravidade do caso, a população aguarda respostas concretas e medidas efetivas das autoridades competentes para garantir a segurança e qualidade dos serviços de saúde prestados à população. O desdobramento desse escândalo promete trazer à tona novos desafios e reflexões sobre a segurança dos procedimentos médicos e o controle dos laboratórios de análises clínicas.