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Libanês traz família para o Brasil após deixar o país: “Não dá para viver no Líbano”, diz homem que resgatou esposa e filhos.

Em uma emocionante chegada à Base Aérea de Guarulhos, um libanês reencontrou parte de sua família neste sábado. Ahmad Nazar, que perdeu o pai em um bombardeio israelense quando tinha apenas 6 anos, trouxe sua esposa e três filhos para o Brasil, fugindo da violência que assola o Líbano.

O voo de mais de 15 horas, que saiu de Beirute, trouxe a família Nazar para o Brasil, em meio à Operação Raízes do Cedro, coordenada pelo governo federal e executada pela Força Aérea Brasileira. Ao desembarcar em solo brasileiro, Ahmad não escondeu a angústia de ter que deixar seu país de origem para proteger os seus entes queridos.

Ao relatar a situação no Líbano, Ahmad foi categórico: “Não dá mais para viver no Líbano. Não tem mais nenhuma região segura. Antes era apenas a região Sul que estava perigosa, agora não”. Essas palavras refletem o cenário de guerra e violência que assola a região, tornando cada vez mais insustentável a permanência da população no país.

A decisão de trazer a esposa e os filhos de volta ao Brasil foi um resposta à deterioração da situação no Líbano. Ahmad e Zeinab haviam planejado que os filhos seriam educados no Líbano, com visitas frequentes do pai que trabalha em São Paulo. Entretanto, os planos foram modificados pelas circunstâncias e a segurança da família foi colocada em primeiro lugar.

A Operação Raízes do Cedro já repatriou mais de 1.300 passageiros, incluindo crianças, idosos, gestantes e pessoas com deficiência, além de animais domésticos. Os relatos dos repatriados revelam o terror vivido no Líbano, onde o som de aviões e bombardeios se tornou parte do cotidiano de muitos.

Ahmad compartilhou imagens dos escombros da casa de sua família, destruída por um bombardeio, evidenciando o perigo constante que seus parentes ainda enfrentam. Outros repatriados, como Leila Hadi e Mohamed Elgandur, também partilharam suas experiências de medo e preocupação com os familiares que ficaram no Líbano.

Diante de um cenário de guerra e instabilidade, a chegada desses repatriados ao Brasil representa um recomeço e a esperança de dias mais seguros e tranquilos. A solidariedade e o acolhimento dessas pessoas pela comunidade brasileira demonstram a importância de auxiliar aqueles que estão em situações de vulnerabilidade, seja em terras distantes ou mais próximas de nós.

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