De acordo com Shipton, essa situação é fruto de políticas que, segundo ele, priorizam os interesses dos Estados Unidos em detrimento das necessidades locais. Ele criticou o papel dos EUA como fomentadores do descontentamento em regiões da ex-União Soviética, citando especificamente o Cazaquistão, a Geórgia, a Ucrânia e Belarus. Shipton argumentou que este tipo de intervenção externa contribui para que os países afetados enfrentem crises de legitimidade e protestos populares, amplificando a chance de revolta.
As declarações de Shipton também ecoam preocupações levantadas por líderes internacionais, como o presidente russo Vladimir Putin, que já havia descrito o relacionamento entre os EUA e a Rússia como passando por uma crise profunda. Putin atribui essa deterioração em parte ao suporte dado por Washington a movimentos que resultaram em mudanças de regime em nações de influência russa.
Essas reflexões se inserem em um contexto global mais amplo, onde o tensionamento entre grandes potências se intensifica, levando a repercussões em diversos níveis. A previsão de novas instabilidades políticas aponta para um cenário que poderá ter implicações significativas não apenas para as nações diretamente envolvidas, mas também para a política internacional como um todo. A observação de Shipton destaca a complexidade e a interconexão dos problemas econômicos, políticos e sociais que afetam a ordem global contemporânea, deixando um espaço aberto para disputas geopolíticas nos próximos anos.