Segundo relatos, Sorino foi atacado por uma onça que abriu seu crânio, deixando-o gravemente ferido. As missionárias da Consolata que viviam na região pediram a intercessão de Allamano para a recuperação do indígena. Após meses de tratamento, Sorino se recuperou totalmente, sem sequelas, e hoje vive em sua comunidade indígena sem qualquer problema de saúde.
José Allamano, nascido na Itália em 1851, foi um missionário que nunca deixou seu país, mas incentivou ativamente a participação de sacerdotes em missões no Quênia, Brasil e outros locais. Ele foi proclamado beato em 1990 pelo Papa João Paulo II.
A importância deste milagre para a comunidade Yanomami foi ressaltada pelo arcebispo de Manaus, Leonardo Steiner, que também destacou as difíceis condições de vida dos povos indígenas. A situação na Terra Indígena Yanomami, marcada por altas taxas de mortalidade infantil e violências, foi descrita como crítica, apesar de algumas melhorias percebidas nos últimos anos. A persistência da violência contra indígenas no Brasil, relatada em um documento do Conselho Indigenista Missionário, aponta para a necessidade de políticas mais efetivas de proteção e demarcação de terras.
A canonização de José Allamano e o milagre realizado na Amazônia repercutiram globalmente, chamando a atenção para a importância da preservação dos territórios indígenas e o respeito à cultura e espiritualidade desses povos. A canonização desses novos santos também evidencia a necessidade de uma abordagem mais humanitária e sustentável em relação às questões ambientais e sociais na região.
Por fim, a canonização de José Allamano e o milagre realizado na Amazônia representam um chamado à reflexão e ações concretas em prol da proteção e valorização dos povos indígenas, bem como da preservação da Amazônia e seus recursos naturais. A canonização desses novos santos também ressalta a importância da solidariedade e da compaixão no mundo atual, especialmente em tempos de crise e desafios globais.