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Pentágono solicita a Israel a redução de bombardeios em Beirute devido ao elevado número de vítimas civis durante os conflitos atuais.

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do secretário de Defesa Lloyd Austin, manifestou seu desejo de que Israel reduza a intensidade de seus ataques na região de Beirute, capital do Líbano. Esta solicitação emerge em um contexto marcado por uma escalada de violência, na qual as operações militares israelenses têm gerado um número elevado de vítimas civis, o que Austin considerou “alto demais”. Essas declarações vieram à tona após uma série de bombardeios pesados realizados por Israel nos subúrbios ao sul de Beirute, deixando grandes colunas de fumaça e um clima de incerteza na região.

Esses ataques estão interligados ao prolongado conflito entre Israel e o Hamas, que se acirrou desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro passado. Desde então, o Hezbollah, um movimento político e militar libanês, tem se envolvido em confrontos frequentes com as forças israelenses, resultando em uma situação de segurança instável na fronteira entre os dois países. O governo de Tel Aviv, buscando conter o impacto dos conflitos em seus cidadãos, lançou uma ofensiva terrestre em solo libanês há cerca de três semanas, estimulando ainda mais a violência na área.

Além das solicitações verbais, evidências de uma pressão contínua dos EUA sobre Israel vieram à tona com a revelação de uma carta confidencial enviada por Austin e pelo secretário de Estado, Antony Blinken. Nesta carta, o governo norte-americano demandava ações concretas para mitigar a deterioração da situação humanitária em Gaza, advertindo que, caso as demandas não fossem atendidas, poderia haver restrições na ajuda militar destinada a Israel. Embora Austin tenha se abstido de comentar sobre o conteúdo da correspondência, mencionou um “declínio acentuado” na quantidade de assistência humanitária recebida na região.

Os efeitos da resposta militar de Israel têm sido devastadores: reportagens indicam que mais de 42 mil palestinos perderam a vida e milhões de pessoas no território da Faixa de Gaza enfrentam deslocamento forçado, fome e a destruição de estruturas essenciais, como hospitais e escolas. Em um contexto ainda mais complexo, as equipas de direitos humanos e organizações internacionais estão convocando os líderes mundiais a se engajar ativamente em soluções diplomáticas que visem ao cessar-fogo e à proteção dos civis em meio a essa crise humanitária sem precedentes.

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