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Violência política marca campanha eleitoral de 2024, com 338 casos registrados de julho a setembro, aponta pesquisa da Unirio.

A campanha eleitoral de 2024 está sendo marcada por um cenário de violência política preocupante, de acordo com os dados levantados pelo Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/Unirio). Entre os meses de julho a setembro deste ano, foram registrados pelo menos 338 casos de violência contra políticos, tanto os que ocupam cargos públicos quanto os que não possuem mandato.

O 19° Boletim do Observatório da Violência Política e Eleitoral revela que os ataques incluem agressões contra vereadores, prefeitos, secretários, governadores, candidatos e ex-ocupantes de cargos públicos. No total, foram identificados 88 casos de atentados, sendo 55 em que a vítima sobreviveu e 33 em que o agressor causou a morte.

Um dado alarmante é que a maioria das lideranças políticas atacadas não possui cargo atualmente, somando 166 casos. Além disso, os grupos mais atingidos são homens (71%), pessoas entre 40 e 59 anos (52%) e indivíduos com ensino superior (61%). Essas informações são essenciais para entender a gravidade e a complexidade da situação vivenciada durante a corrida eleitoral.

A violência política é um problema que precisa ser combatido com urgência, a fim de garantir a integridade física e mental dos envolvidos no processo eleitoral. A sociedade civil e as autoridades responsáveis devem unir esforços para coibir atos violentos e assegurar um ambiente democrático e seguro para todos os cidadãos. A disseminação desses dados reforça a importância da transparência e da conscientização sobre a necessidade de respeitar o debate democrático, sem recorrer à violência como forma de manifestação política.

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