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Clínica em Belém é interditada após pacientes sofrerem perda de visão em cirurgias oftalmológicas; investigação da Vigilância Sanitária está em andamento.

Na última sexta-feira, 18 de outubro de 2024, uma clínica de cirurgia oftalmológica em Belém, Pará, foi temporariamente interditada pela Vigilância Sanitária Municipal após uma série de complicações graves apresentadas por pacientes que se submeteram a procedimentos na instituição. Das 24 pessoas que realizaram cirurgias, dez relataram perda de visão, levantando preocupações sobre a segurança dos procedimentos realizados naquela unidade de saúde.

As investigações iniciais da Secretaria Municipal de Saúde revelaram que muitos dos pacientes estavam submetendo-se a cirurgias de catarata, um procedimento rotineiro. Contudo, complicações inesperadas surgiram durante os atendimentos feitos em 12 de junho e 1º de julho, resultando em sequelas severas. Informações ainda não confirmadas indicam que três pacientes desenvolveram infecções bacterianas associadas ao agente patogênico Serratia marcescens, o que acende um alerta sobre práticas de controle de infecções dentro da clínica.

O advogado da clínica, que mantém um convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), afirmou que estão cooperando com as autoridades de saúde e especialistas na análise de cada caso. Ele garantiu que a clínica está oferecendo suporte necessário a todos os afetados e que cumpre rigorosamente os protocolos de prevenção de infecções. No entanto, até o momento, a clínica não conseguiu ser contatada para uma declaração mais detalhada sobre a situação.

A Vigilância Sanitária e a Polícia Civil estão com investigações em curso, visando esclarecer os fatos e apurar qualquer responsabilidade em relação às complicações apresentadas pelos pacientes. Essas ações são essenciais não apenas para garantir a segurança dos pacientes que buscam tratamento, mas também para restaurar a confiança da população em serviços de saúde, especialmente em um contexto onde muitas pessoas dependem do SUS para acesso a cuidados médicos. A situação continua acompanhada de perto pelas autoridades competentes, que buscam respostas e a proteção da saúde pública.

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