Chiquinho Brazão foi o primeiro a depor perante o juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Airton Vieira. Emocionado, o parlamentar ressaltou que ele e o irmão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Inácio Brazão, jamais tiveram qualquer tipo de relação com os acusados. Ele afirmou que o irmão sequer sabia da existência de Marielle até o momento do crime.
Durante o depoimento, Chiquinho Brazão fez questão de destacar a excelente relação que tinha com Marielle e lamentou profundamente sua morte trágica. Ele descreveu a vereadora como alguém com um futuro brilhante e afirmou que o crime cometido foi uma maldade. O deputado se emocionou ao falar de sua família, do neto, da filha e da rotina que tinha antes de ser preso.
Vale ressaltar que, apesar das declarações de Chiquinho Brazão, Ronnie Lessa, em delação premiada à Polícia Federal, afirmou que os irmãos Brazão ofereceram um acordo milionário para que ele e Macalé, outro envolvido no caso, cometessem o assassinato. Lessa alegou que os irmãos Brazão prometeram um loteamento no valor de US$ 10 milhões como pagamento pelo crime.
O Supremo Tribunal Federal segue ouvindo os cinco réus acusados de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. O caso, que chocou o país em 2018, está sendo conduzido pela Justiça de forma minuciosa, com depoimentos de testemunhas e acusados por videoconferência. A expectativa é que a verdade sobre esse crime brutal seja esclarecida nos próximos dias.