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G20 no Rio discute combate ao crime organizado com 21 países e enfatiza a urgência de ações efetivas sobre crimes transnacionais.

Nos dias 21 e 22 de outubro, o Rio de Janeiro se torna a sede do encontro do PG20, um evento que reúne os Procuradores-Gerais dos países membros do G20 para discutir formas de combate ao crime organizado e promover a cooperação internacional. Sob a liderança do Brasil, que exerce a presidência do grupo neste ano, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, abriu os trabalhos enfatizando a necessidade de enfrentar os desafios emergentes na era da crescente integração econômica.

Participam do evento delegações de 12 países do G20, incluindo África do Sul, Estados Unidos, China, Rússia e União Europeia, além de representantes de oito nações convidadas, como Angola, Chile e Egito. Assim, o encontro conta com a presença de 21 países, todos empenhados em discutir estratégias eficazes contra crimes que transcendem fronteiras, como tráfico de drogas e pessoas, crimes cibernéticos e ambientais.

Durante sua fala, Gonet destacou a importância da colaboração internacional e ressaltou que “nenhum país sozinho pode combater a criminalidade organizada”. Ele também sublinhou que o enfrentamento da lavagem de dinheiro é fundamental para enfraquecer financeiramente estas organizações criminosas.

A contribuição das novas tecnologias na promoção da justiça foi outro ponto de foco. A inteligência artificial e outras inovações estão sendo consideradas como ferramentas valiosas no combate ao crime organizado, dado que os criminosos frequentemente se aproveitam dessas mesmas tecnologias para facilitar suas atividades ilícitas.

A procuradora-geral da África do Sul, Shamila Batohi, também participou das discussões, chamando atenção para a necessidade de promover uma cooperação informal entre os países, pois os sistemas formais de assistência jurídica têm se mostrado complicados e demorados. “Os criminosos não têm processos, regras e limites”, afirmou Batohi, enfatizando a urgência de não apenas discutir, mas implementar ações efetivas.

Ambos os procuradores manifestaram a convicção de que, embora o diálogo seja essencial, é crucial que as ações práticas superem as palavras. Como concluiu Batohi, “Precisamos fazer mais e falar menos”. A expectativa é que o PG20 ofereça novas diretrizes e iniciativas concretas que ajudem os países a se armarem contra os desafios impostos pelo crime organizado em um mundo cada vez mais interconectado.

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