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Índia e China firmam acordo de patrulha de fronteira, prometendo melhorar relações após anos de tensão militar na região do Himalaia.

Recentemente, Índia e China firmaram um acordo significativo para o patrulhamento de sua fronteira disputada, situada na região do Himalaia. Este acordo surge após quatro anos de conflitos militares na área e marca um passo importante em direção à normalização das relações entre os dois gigantes asiáticos, que também são potências nucleares. O anúncio foi feito pelo secretário de Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri, em uma coletiva de imprensa, destacando as várias rodadas de negociações que ocorreram nas últimas semanas entre os diplomatas e militares de ambas as nações.

O pacto alcançado tem como objetivo lidar com a situação ao longo da Linha de Controle Real, que delimita as áreas de fronteira entre a Índia e a China. De acordo com Misri, essa nova dinâmica poderá facilitar a retirada das tropas presentes na região montanhosa, contribuindo para a resolução de questões que emergiram em 2020, quando a tensão nas relações bilaterais aumentou significativamente. A expectativa é de que essa ação possa abrir caminho para um fortalecimento dos laços políticos e econômicos entre os países.

Além disso, o chefe das Forças Armadas da Índia ressaltou a necessidade de restaurar o status da fronteira ao que era antes do impasse que começou em abril de 2020. Ele advertiu que a situação permanecerá delicada até que esse objetivo seja alcançado, enfatizando a importância de que as promessas feitas durante as negociações sejam cumpridas no terreno por ambas as partes.

Por outro lado, Nova Deli também indicou que, uma vez resolvido o impasse na fronteira, o escrutínio rigoroso sobre os investimentos chineses, que nos últimos anos desviou bilhões de dólares de empresas como a BYD, pode ser suavizado. Apesar disso, o déficit comercial da Índia com a China cresceu para cerca de 85 bilhões de dólares, demonstrando a complexidade das interações econômicas entre os dois países, que continuam sendo interdependentes em várias áreas.

O contexto atual inclui ainda a participação de ambos os países na cúpula do BRICS, que se realiza na cidade de Kazan, na Rússia, onde encontros bilaterais entre os líderes Narendra Modi e Xi Jinping estão sendo cogitados. Com a expansão do BRICS, que agora inclui novas nações como Egito e Emirados Árabes Unidos, a dinâmica regional pode também ser impactada por esse histórico acordo de patrulha na fronteira.

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