O pacto alcançado tem como objetivo lidar com a situação ao longo da Linha de Controle Real, que delimita as áreas de fronteira entre a Índia e a China. De acordo com Misri, essa nova dinâmica poderá facilitar a retirada das tropas presentes na região montanhosa, contribuindo para a resolução de questões que emergiram em 2020, quando a tensão nas relações bilaterais aumentou significativamente. A expectativa é de que essa ação possa abrir caminho para um fortalecimento dos laços políticos e econômicos entre os países.
Além disso, o chefe das Forças Armadas da Índia ressaltou a necessidade de restaurar o status da fronteira ao que era antes do impasse que começou em abril de 2020. Ele advertiu que a situação permanecerá delicada até que esse objetivo seja alcançado, enfatizando a importância de que as promessas feitas durante as negociações sejam cumpridas no terreno por ambas as partes.
Por outro lado, Nova Deli também indicou que, uma vez resolvido o impasse na fronteira, o escrutínio rigoroso sobre os investimentos chineses, que nos últimos anos desviou bilhões de dólares de empresas como a BYD, pode ser suavizado. Apesar disso, o déficit comercial da Índia com a China cresceu para cerca de 85 bilhões de dólares, demonstrando a complexidade das interações econômicas entre os dois países, que continuam sendo interdependentes em várias áreas.
O contexto atual inclui ainda a participação de ambos os países na cúpula do BRICS, que se realiza na cidade de Kazan, na Rússia, onde encontros bilaterais entre os líderes Narendra Modi e Xi Jinping estão sendo cogitados. Com a expansão do BRICS, que agora inclui novas nações como Egito e Emirados Árabes Unidos, a dinâmica regional pode também ser impactada por esse histórico acordo de patrulha na fronteira.