A imagem do ex-deputado, que atualmente se encontra detido na penitenciária federal em Campo Grande, foi influenciada pela delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter sido o autor dos disparos fatais contra Marielle. Segundo as investigações, Chiquinho Brazão é apontado como um dos mandantes desse brutal assassinato.
Durante o depoimento ao juiz Airton Vieira, que atua como magistrado auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, Chiquinho Brazão mostrou-se emocionado ao falar sobre seus familiares e negou qualquer contato pessoal com Lessa. “Não tenho dúvida de que ele poderia me conhecer, mas eu não tenho lembrança de ter estado com essa pessoa”, afirmou o parlamentar.
Sobre Marielle Franco, Chiquinho Brazão expressou pesar e afirmou que mantinha uma excelente relação com a vereadora, reconhecendo seu potencial e descrevendo-a como uma figura amável e promissora. “Foi maldade o que fizeram. Marielle tinha um futuro brilhante. Ela era uma vereadora muito amável”, disse o deputado durante seu depoimento.
Além de Chiquinho, outros réus na ação penal do STF incluem o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão – irmão do deputado -, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos estão detidos por determinação do ministro Alexandre de Moraes, respondendo pelos crimes de homicídio e organização criminosa.
Esse desdobramento no caso Marielle Franco destaca a importância das investigações e do papel do Poder Judiciário na busca pela verdade e pela justiça diante de crimes tão hediondos. A sociedade aguarda por respostas e por um desfecho que traga paz e conforto às famílias das vítimas.