Durante sua estadia em Kazan, Vieira irá se reunir com líderes de nações influentes, incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping. Em coletiva com jornalistas, ele abordou os principais temas a serem discutidos na cúpula, como a possibilidade de expansão do BRICS e a inclusão de novos países como membros parceiros do bloco. Os diplomatas das nações que compõem o BRICS estão reunidos desde antes da cúpula para discutir a criação de uma nova categoria de participação, que permitirá a integração de países interessados, mas que ainda não cumprem todos os critérios para serem membros plenos.
O Itamaraty, por sua vez, ressalta que a admissão de novos membros deverá observar critérios estabelecidos, incluindo a necessidade de uma reforma abrangente do Conselho de Segurança da ONU, que foi um ponto levantado na última cúpula realizada em Joanesburgo. Adicionalmente, o Brasil busca um equilíbrio geográfico entre os integrantes do bloco, considerando a predominância de países euroasiáticos e a sub-representação da América Latina, onde apenas o Brasil está presente como membro pleno.
O ministro Vieira também se mostrou otimista em relação às candidaturas de outros países à adesão ao BRICS, afirmando que todos que manifestaram interesse têm chances de integração. Durante os dias 22 e 23, ele participará ativamente das discussões, e no dia 24, também se encontrará com países convidados para a rodada BRICS+, que inclui Turquia, Azerbaijão, Armênia e Bolívia.
Esses encontros representam uma oportunidade crucial para o Brasil reafirmar sua posição e influenciar os rumos da diplomacia internacional, especialmente em um momento onde as dinâmicas geopolíticas estão em constante transformação.