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SENADO FEDERAL – Festa do Sairé: celebração secular une tradições indígenas, povos ribeirinhos e influências católicas na Amazônia para preservar cultura e ambiente.

A Festa do Sairé, tradicional evento realizado anualmente em setembro na Vila de Alter do Chão, distrito de Santarém (PA), foi oficialmente reconhecida como uma importante manifestação da cultura brasileira pela Lei 14.997, de 2024. Com mais de 300 anos de história, a festa reúne tradições indígenas do povo borari, costumes dos povos ribeirinhos e influências religiosas católicas, tornando-se um verdadeiro símbolo da diversidade cultural do país.

Em uma entrevista exclusiva, Maria Eulália, uma das rainhas do Sairé, e Osmar Vieira, um dos coordenadores e juízes do festival, compartilharam suas reflexões sobre as profundas mensagens que o Sairé transmite. Para eles, o evento vai muito além da simples celebração popular, sendo também uma oportunidade de promover o respeito às culturas originárias, a preservação da floresta amazônica e a demarcação do território Borari.

Durante a conversa, Maria Eulália ressaltou a importância de valorizar e preservar as tradições indígenas presentes no Sairé, destacando o papel fundamental que essas culturas desempenham na construção da identidade brasileira. Já Osmar Vieira enfatizou a necessidade de conscientização ambiental e proteção da Amazônia, cuja preservação é essencial para a continuidade do modo de vida das comunidades locais.

Além disso, ambos concordaram que a demarcação territorial do povo Borari é fundamental para garantir a perpetuação de suas tradições e a proteção de seu modo de vida. Através do Sairé, essas questões são levadas ao público de forma artística e cultural, sensibilizando a sociedade para a importância da diversidade cultural e da preservação do meio ambiente.

Dessa forma, a Festa do Sairé se consolida como não apenas uma festividade tradicional, mas como um importante espaço de reflexão e celebração da riqueza cultural e ambiental do Brasil. Os ensinamentos transmitidos por esse evento centenário ecoam muito além das margens do rio Tapajós, inspirando a todos a valorizar e proteger nossa herança cultural e ambiental.

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