Eleições em São Paulo: Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol) disputam prefeitura da maior cidade do hemisfério sul.

São Paulo, a maior cidade do hemisfério sul, com quase 12 milhões de habitantes, e também a mais rica do país, está prestes a definir quem será seu próximo prefeito pelos próximos quatro anos. Neste domingo, dia 27 de outubro, os eleitores paulistanos terão a difícil tarefa de escolher entre o atual prefeito Ricardo Nunes, do MDB, e o deputado federal Guilherme Boulos, do PSol, num segundo turno eletrizante e cheio de expectativas.

Com um orçamento anual superior a R$ 120 bilhões, comparável aos gastos de todo o estado do Rio de Janeiro, a prefeitura de São Paulo é responsável por gerir uma cidade que é o centro financeiro do país, com diversas oportunidades e uma intensa vida cultural que atrai migrantes de todo o Brasil e estrangeiros. No entanto, o poder econômico da cidade não tem sido suficiente para resolver problemas crônicos como a falta de segurança, moradia precária, transporte público deficitário, infraestrutura precária nas periferias e longas filas nos equipamentos de saúde.

Durante os últimos meses, a equipe do Metrópoles percorreu mais da metade dos 96 distritos de São Paulo, observando de perto as dificuldades enfrentadas pela população e ouvindo os anseios dos moradores que serão os responsáveis por escolher o próximo gestor da cidade. A diversidade e as disparidades presentes nos diferentes distritos da gigantesca São Paulo são evidentes, com contrastes como a idade média ao morrer de 59 anos em distritos pobres e 82 anos em bairros nobres.

Os problemas encontrados vão desde a falta de moradia digna em comunidades como a Chácara Três Meninas, na região do Jardim Helena, até a insuficiência de transporte público em áreas como o Jardim Ângela, na zona sul. Bairros periféricos aguardam ansiosamente por melhorias no transporte, como a chegada de linhas de alta capacidade, como trens e metrô, para facilitar o deslocamento dos moradores até o centro expandido, onde se concentram as oportunidades de emprego.

Dessa forma, a escolha do próximo prefeito de São Paulo se mostra crucial para enfrentar os desafios e promover melhorias na qualidade de vida dos paulistanos, buscando soluções para equacionar as questões crônicas e típicas das grandes metrópoles. O futuro da maior cidade do Brasil está nas mãos dos eleitores, que terão a responsabilidade de definir o rumo da metrópole nos próximos anos.

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