Eleições em São Paulo: Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol) disputam prefeitura da maior cidade do hemisfério sul.
Com um orçamento anual superior a R$ 120 bilhões, comparável aos gastos de todo o estado do Rio de Janeiro, a prefeitura de São Paulo é responsável por gerir uma cidade que é o centro financeiro do país, com diversas oportunidades e uma intensa vida cultural que atrai migrantes de todo o Brasil e estrangeiros. No entanto, o poder econômico da cidade não tem sido suficiente para resolver problemas crônicos como a falta de segurança, moradia precária, transporte público deficitário, infraestrutura precária nas periferias e longas filas nos equipamentos de saúde.
Durante os últimos meses, a equipe do Metrópoles percorreu mais da metade dos 96 distritos de São Paulo, observando de perto as dificuldades enfrentadas pela população e ouvindo os anseios dos moradores que serão os responsáveis por escolher o próximo gestor da cidade. A diversidade e as disparidades presentes nos diferentes distritos da gigantesca São Paulo são evidentes, com contrastes como a idade média ao morrer de 59 anos em distritos pobres e 82 anos em bairros nobres.
Os problemas encontrados vão desde a falta de moradia digna em comunidades como a Chácara Três Meninas, na região do Jardim Helena, até a insuficiência de transporte público em áreas como o Jardim Ângela, na zona sul. Bairros periféricos aguardam ansiosamente por melhorias no transporte, como a chegada de linhas de alta capacidade, como trens e metrô, para facilitar o deslocamento dos moradores até o centro expandido, onde se concentram as oportunidades de emprego.
Dessa forma, a escolha do próximo prefeito de São Paulo se mostra crucial para enfrentar os desafios e promover melhorias na qualidade de vida dos paulistanos, buscando soluções para equacionar as questões crônicas e típicas das grandes metrópoles. O futuro da maior cidade do Brasil está nas mãos dos eleitores, que terão a responsabilidade de definir o rumo da metrópole nos próximos anos.