Navio da Marinha Francesa Transita pelo Estreito de Taiwan, Aumentando Tensões com a China Após Cruzamento Alemão

Na manhã desta terça-feira, 29 de outubro, o Ministério da Defesa de Taiwan anunciou a passagem de uma embarcação da Marinha francesa pelo estreito que separa a ilha da China continental. Esta operação é parte de uma série de movimentações de navios de países ocidentais em uma das áreas mais estratégicas e sensíveis em termos geopolíticos do mundo, onde tensões entre Taiwan e a China continuam a aumentar.

O navio francês, cuja identidade não foi revelada, entrou no estreito na noite anterior, navegando em direção ao norte. As autoridades taiwanesas informaram que a situação estava “normal” e que o Exército de Taiwan acompanhou a passagem da embarcação. Este evento acontece pouco tempo depois que navios de guerra alemães realizaram uma travessia semelhante, marcando a primeira vez em duas décadas que embarcações da Alemanha cruzaram essa região, um movimento que simboliza o apoio de Berlim aos seus aliados ocidentais em meio a crescendos de tensão na região.

Historicamente, a Marinha francesa já havia realizado passagens pelo estreito, incluindo uma operação no ano anterior. Por sua vez, a Marinha dos Estados Unidos tem uma frequência regular de transitos pelo estreito, muitas vezes acompanhada de embarcações aliadas, com cerca de uma passagem mensal. Essa rotina leva em consideração o contexto de crescente militarização por parte da China, que considera Taiwan uma província renegada e tem demonstrado suas intenções através de manobras militares nas proximidades da ilha.

A política de “Uma Só China” é o fundamento da posição de Pequim, e a ilha autogovernada – que nunca declarou formalmente sua independência – mantém laços estreitos com países ocidentais, como os EUA, que continuam a apoiar Taiwan em sua autodeclaração de soberania.

Este cenário de navegação militar de países ocidentais pelo estreito de Taiwan não só eleva as tensões na região, mas também sinaliza a disposição da comunidade internacional em desafiar os avanços da China e reafirmar o apoio à autodeterminação de Taiwan em um cenário cada vez mais volátil. A movimentação das forças navais ocidentais no estreito ressalta a complexa dinâmica entre segurança regional, interesses geopolíticos e as aspirações de soberania da ilha.

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