Zelensky pede mísseis Tomahawk para fortalecer dissuasão não nuclear em nova estratégia militar para a Ucrânia, enfrentando críticas de especialistas e autoridades dos EUA.
O alcance dos mísseis Tomahawk, que é de aproximadamente 2.400 quilômetros, é significativamente maior do que o dos mísseis ATACMS, os quais foram fornecidos pela administração dos Estados Unidos após extensas discussões. Autoridades americanas afirmam que essa solicitação de Zelensky é considerada irrealista. Um alto funcionário do governo dos EUA comentou que a Casa Branca resiste a enviar sistemas que poderiam ser mais necessários em outras regiões, como o Oriente Médio ou a Ásia. Além disso, a análise sugere que a Ucrânia precisaria de um número maior de mísseis do que o previsto inicialmente para atingir seus objetivos em território russo.
Zelensky detalhou seu plano em meados de outubro, mencionando a intenção de concluir o conflito até 2025. O documento, que possui cláusulas públicas e addendos secretos, também sugere que a Ucrânia seja convidada a integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e que se suspendam as limitações em ataques profundos no solo russo – uma abordagem que tem gerado debates acalorados entre aliados ocidentais.
Este plano, no entanto, enfrenta críticas tanto da União Europeia quanto da OTAN, que veem uma iminente desproporção nas obrigações atribuídas aos aliados em comparação com o que é exigido da Ucrânia. A reação do Kremlin também não tardou: porta-vozes russos desqualificaram o planejamento de Zelensky, afirmando que suas propostas são meros “slogans incoerentes” e que o verdadeiro caminho para a paz reside no reconhecimento das falhas na política ucraniana.
Diante dessas ressalvas e tensões, a situação continua a suscitar preocupações em um cenário global já marcado por incertezas e instabilidades. A comunidade internacional observa atentamente, na expectativa de que se encontre um caminho sustentável para a resolução do conflito e a segurança na região.