Argentina demite chanceler após voto a favor de Cuba na ONU: Milei exige postura firme contra ditaduras com Gerardo Werthein.
A resolução foi aprovada com 187 votos a favor, incluindo o do Brasil, e apenas Estados Unidos e Israel votaram contra. Esse posicionamento da Argentina gerou uma crise no governo de Milei, que ficou furioso com a chanceler, acusando-a de se aliar a “comunistas” e se distanciar dos Estados Unidos. Além disso, a tentativa de evitar polêmicas para angariar apoios diplomáticos na disputa pelas Ilhas Malvinas também foi impactada pela decisão da Argentina na ONU.
Em meio a toda a controvérsia, o gabinete presidencial emitiu um comunicado afirmando que a Argentina passa por mudanças profundas, exigindo que o corpo diplomático reflita as características das democracias ocidentais. A nota também reforçou a oposição do país à ditadura cubana e garantiu que a Argentina se manterá firme na promoção de uma política externa que condene regimes que violam os direitos humanos e as liberdades individuais.
O governo de Milei também anunciou uma auditoria na Chancelaria para identificar aqueles que apoiam agendas contrárias à liberdade. Para o cargo de ministra das Relações Exteriores, o presidente escolheu Gerardo Werthein, atual embaixador da Argentina nos Estados Unidos, que possui boa relação com os irmãos de Milei.
A decisão de demitir Diana Mondino também foi influenciada por um episódio anterior, no qual o Ministério da Defesa da Argentina se referiu às Ilhas Malvinas como “Falklands”, em um comunicado oficial. Isso levou à promessa de demissão do responsável pelo comunicado, acusado de agir guiado pela ideologia de esquerda. A situação gerou críticas no governo e na oposição, com alguns pedidos para a saída da ministra do cargo.