JUSTIÇA – Ex-PMs acusados de matar Marielle e Anderson começam a ser julgados em Tribunal do Júri do TJRJ nesta quarta-feira
Durante a sessão, nove testemunhas serão ouvidas, sendo sete indicadas pelo Ministério Público estadual e duas pela defesa de Ronnie Lessa. A defesa de Élcio Queiroz optou por desistir de ouvir as testemunhas que havia solicitado anteriormente.
É importante ressaltar que os dois acusados participarão do julgamento popular por videoconferência, direto de suas respectivas unidades prisionais. Ronnie Lessa está na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, enquanto Élcio Queiroz está no Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília. Algumas testemunhas também poderão participar de forma virtual da sessão do júri, como medida de segurança em meio à grande comoção pública em torno do caso.
O assassinato de Marielle Franco, uma mulher negra, mãe e cria da favela, gerou uma onda de indignação no país e no exterior. Ela foi morta a tiros no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, após sair de um encontro de mulheres negras. O crime desencadeou uma investigação complexa, que posteriormente levou à prisão de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz.
Além dos executores do crime, as autoridades também identificaram suspeitas sobre os possíveis mandantes. Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, foram apontados como os responsáveis por ordenar a morte de Marielle Franco. O desfecho desse caso está agora nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa as acusações contra os mandantes.
O depoimento virtual de Rivaldo Barbosa e as declarações de Domingos e Chiquinho Brazão apontam para uma trama complexa por trás do assassinato de Marielle Franco. O desenrolar desse julgamento promete trazer à tona mais detalhes sobre os motivos e os responsáveis por um dos crimes mais marcantes da história recente do Brasil.