Candidato presidencial do Equador denuncia tentativas de assassinato ligadas a máfias políticas antes das eleições de fevereiro de 2025.

Em meio a um ambiente político cada vez mais instável e violento, o candidato presidencial pelo Partido Socialista do Equador, Pedro Granja, revelou ter sido alvo de tentativas de assassinato. Granja atribui esses ataques à atuação de grupos políticos mafiosos que buscam silenciá-lo devido ao seu trabalho de denúncia contra a corrupção e as práticas criminosas que permeiam a política local. A manifestação do candidato ocorreu em um vídeo publicado nas redes sociais, onde ele alertou sobre o risco que sua vida corre por expor a influência de organizações criminosas que operam não apenas como milícias tradicionais, mas como verdadeiros grupos políticos organizados.

Recentemente, sua família também foi alvo de um ataque: a casa de seu irmão foi invadida por homens armados. Granja afirmou que a Polícia Judicial e a Procuradoria-Geral do Estado estão cientes do ocorrido e que ele possui registros fotográficos e em vídeo que documentam a ação criminosa. No clima de tensão e violência que vem crescendo no Equador, outros candidatos também denunciam ameaças. Jan Topic, por exemplo, recebeu uma mensagem intimidadora exigindo que desistisse da corrida eleitoral, enquanto Jimmy Jairala, também candidato, relatou um ataque armado contra o veículo que transportava seu filho.

Com uma alarmante taxa de homicídios que chega a 43 por 100 mil habitantes, o Equador se torna um dos países mais perigosos da América Latina. Esse quadro se agrava com o histórico recente de violência política, onde figuras importantes, como o candidato à presidência Fernando Villavicencio, foram assassinadas em eventos públicos. Esses casos revelam não apenas a fragilidade da segurança no país, mas também a crescente impunidade de grupos que utilizam a violência como ferramenta para controlar a política e silenciar adversários. A situação demanda uma reflexão profunda sobre a segurança e a integridade das futuras eleições de 2024, em meio a um cenário de crescente medo e insegurança para os candidatos e eleitores.

Botão Voltar ao topo