Coreia do Norte realiza lançamento de ICBM e afirma que demonstra sua determinação em enfrentar adversários regionais, segundo declarações de Kim Jong-un.

Na recente demonstração de força militar da Coreia do Norte, Kim Jong-un destacou a importância do lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM), classificando-o como um teste estratégico vital. O evento, realizado sob a supervisão direta do líder norte-coreano, visou exibir os avanços nas capacidades de mísseis do país, enfatizando a “modernidade e confiabilidade” das suas forças armadas.

O Ministério da Defesa da Coreia do Norte não apenas confirmou o lançamento, mas também ressaltou que isso reflete a disposição do governo de Pyongyang em enfrentar os adversários. O ICBM foi disparado da região de Pyongyang por volta das 7h10, horário local, rumo ao mar do Japão. Isso representa mais um passo na escalada das tensões na península coreana, uma área já marcada por disputas geopolíticas e de segurança.

A mensagem clara de Kim Jong-un, segundo a declaração do ministério, é de que a Coreia do Norte possui “o maior poder do mundo” em termos de dissuasão estratégica. Essa afirmação não apenas visa internalizar o apoio popular, mas também responder a pressões externas, especialmente dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, que frequentemente condenam os testes de mísseis do regime norte-coreano.

Os especialistas em segurança observam que essa série de lançamentos não é uma novidade, mas parte de uma estratégia contínua de Pyongyang para desenvolver e demonstrar suas capacidades militares. De acordo com análises recentes, o ICBM disparado poderia ter a capacidade de atingir alvos em regiões distantes, o que aumenta as preocupações sobre a proliferação de armas nucleares e os riscos de um possível conflito armado.

O lançamento provocou reações imediatas de governos ocidentais, com os Estados Unidos condenando a ação e reiterando a necessidade de manter a segurança na região. O clima de incerteza e a insistência de Kim Jong-un em continuar com esses testes refletem uma dinâmica complexa que envolve não apenas a segurança regional, mas também as relações internacionais mais amplas.

Assim, a insistência da Coreia do Norte em perpetuar seus testes de mísseis balísticos intercontinentais alinha-se a uma lógica de afirmação de poder e resistência frente ao que considera ameaças externas, reafirmando seu comprometimento com o programa nuclear e as capacidades militares.