Rússia busca acordo com Israel e Hamas para a libertação de reféns capturados na Faixa de Gaza

A Rússia está intensificando esforços diplomáticos para mediar a libertação de reféns capturados pelo Hamas na Faixa de Gaza, um tema que ganhou destaque nas discussões recentes entre representantes russos e israelenses. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, confirmou que há diálogo ativo tanto com o Hamas quanto com Israel sobre o resgate dos reféns, incluindo cidadãos russos.

Em um contexto de tensões que perduram há mais de um ano na região, que resultaram em um alto número de vítimas – cerca de 43 mil palestinos mortos e mais de 100 mil feridos, ao lado de aproximadamente 1,1 mil israelenses mortos desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 – a busca por uma solução humanitária se torna ainda mais urgente. O Hamas manifestou disposição para libertar reféns, em particular dois com cidadania russa, mas condicionou essa ação a um acordo com Israel.

Recentemente, uma delegação russa composta por altos funcionários de governo visitou Tel Aviv para discutir possíveis soluções com representantes israelenses. Embora a Russia não tenha recebido confirmação oficial de que o encontro foi produtivo, a iniciativa sinaliza um compromisso em dar voz a uma resolução pacífica na região. O vice-chefe do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzouk, também se reuniu com autoridades russas, incluindo Bogdanov, em uma visita a Moscou.

As embaixadas da Rússia em Doha e Tel Aviv estão desempenhando um papel ativo nesse processo, mantendo canais de comunicação abertos e explorando possibilidade de um acordo mais amplo que poderia implicar não apenas a libertação de reféns, mas também um potencial aceno em direção a uma desescalada das hostilidades na Faixa de Gaza.

O cenário atual apresenta um emaranhado de dificuldades, mas a manutenção do diálogo entre os principais atores é vista como um passo positivo rumo à mitigação da crise. A comunidade internacional observa com expectativa o desdobramento dessa situação, que pode alterar o curso das relações no Oriente Médio, território marcado por conflitos históricos e rivalidades longas.

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