Colômbia e Índia discutem adesão da Colômbia ao BRICS em meio a movimentações diplomáticas internacionais relevantes.

A Colômbia está em conversações com a Índia sobre a possibilidade de se tornar um membro pleno do BRICS, conforme indicado por Jorge Enrique Rojas Rodriguez, vice-ministro de Relações Exteriores do país andino. A conversa se deu em um momento em que a Colômbia busca estreitar laços com outras nações emergentes, especialmente no contexto da atual configuração geopolítica.

Em uma entrevista à mídia indiana, Rojas mencionou que o encontro teve o objetivo de colher a opinião indiana sobre essa aspiração e de manter diálogos com outros membros do BRICS, como África do Sul e Brasil. A intenção é que essa colaboração traga um impulso significativo para os laços entre os países do Sul Global.

A vontade da Colômbia de ingressar no BRICS foi reforçada em abril deste ano, quando o presidente colombiano, Gustavo Petro, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, publicaram uma declaração conjunta expressando o desejo da Colômbia de se integrar ao grupo de forma rápida e eficiente. Lula se comprometeu a apoiar essa candidatura, evidenciando a importância das relações Brasil-Colômbia nesse contexto.

Entretanto, a Colômbia enfrenta um obstáculo imediato, pois, segundo informações divulgadas pela Embaixada Colombiana em Moscou, o país não enviará uma delegação para a próxima cúpula do BRICS, programada para ocorrer na Rússia entre 22 e 24 de outubro. O presidente Petro não recebeu um convite para comparecer, o que destaca desafios diplomáticos que o governo colombiano ainda precisa superar.

O BRICS, formado em 2006, é uma aliança intergovernamental que atualmente compreende Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde o início de 2024, novos membros foram adicionados, incluindo Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. A adesão da Colômbia ao BRICS pode sinalizar uma mudança de paradigma nas alianças latino-americanas e sua orientação política em relação a blocos que buscam um maior equilíbrio no cenário internacional.

A cúpula em Kazan, na Rússia, não apenas servirá como um evento de networking importante, mas também como uma plataforma para discussões que podem moldar o futuro econômico e político dos países participantes. A participação de mais de 30 nações e diversas organizações internacionais, como as Nações Unidas, sublinha a relevância contínua do BRICS no panorama global.

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