ALAGOAS – “Hortas Urbanas Combatem Fome e Promovem Sustentabilidade em Escolas de Alagoas”
Um exemplo de sucesso é a horta da Escola Municipal de Educação Básica Pedro Pereira da Silva, localizada no povoado Olho D’Água, em Junqueiro. Com 152 alunos, a escola agora mistura o aprendizado com a prática agrícola ao utilizar os produtos cultivados em seu próprio quintal para preparar as refeições diárias. Eloá Vitória, aluna de apenas 6 anos, expressou encantamento ao se deparar com o frescor e a variedade das plantas, como o tomate, que ela descreveu como “fofinho”. Este tipo de experiência é enriquecedor e serve para ampliar o entendimento das crianças sobre a origem dos alimentos.
Segundo a diretora Adriana Barbosa, embora a produção atual da horta não seja suficiente para atender toda a demanda, os esforços estão sendo redobrados para ampliar o cultivo, visando à autossuficiência da alimentação escolar. A horta cultiva desde couve-flor e batata até ervas medicinais, como erva-cidreira e hortelã. Com o apoio das merendeiras, que inovam constantemente no cardápio, os alunos têm a oportunidade de experimentar e se alimentar de forma saudável.
O programa Alagoas Sem Fome é parte de uma estratégia mais ampla de combate à pobreza extrema, que de acordo com dados do IBGE, tem mostrado eficácia ao reduzir a extrema pobreza de 13,2% para 8,8% da população. O projeto das hortas urbanas funciona em harmonia com comunidades locais, transformando espaços ociosos em áreas produtivas.
Em Maceió, no Conjunto Residencial Graciliano Ramos, a presidente da associação de moradores, Valéria Cavalcante, destaca o impacto positivo que as hortas têm desenvolvido na comunidade, fortalecendo tanto os laços sociais quanto a segurança alimentar de mais de 10 mil pessoas. A capacitação de moradores como Cícero e Valéria Freitas garante a continuidade e sucesso do projeto, contribuindo para que a segurança alimentar se torne uma realidade tangível em Alagoas.
As hortas urbanas, muito mais do que espaços de cultivo, representam uma esperança renovada. Ao instruir e mobilizar a comunidade, o projeto torna-se um exemplo de como iniciativas locais podem fazer uma diferença significativa na vida das pessoas. É um passo importante para assegurar que comida saudável não seja privilégio de poucos, mas um direito de todos.