BRICS detém 21,4% das reservas de ouro do mundo, com Rússia e China liderando em toneladas armazenadas, revela análise recente.
Dentro deste blocos, a Rússia e a China são os líderes nas reservas de ouro. A Rússia, em particular, possui cerca de 2,34 mil toneladas, representando 8,1% do total global e 37,6% das reservas dos países do BRICS. Por outro lado, a China detém 2,26 mil toneladas, o que equivale a 7,8% das reservas mundiais e 36,4% das reservas da aliança. Os outros países do BRICS, incluindo Índia, Arábia Saudita, Brasil, Egito, África do Sul e Emirados Árabes Unidos, juntos somam menos de 3% da totalidade das reservas.
Comparando com outras potências globais, os Estados Unidos se destacam com as maiores reservas, com 8,1 mil toneladas, o que representa quase um terço do total mundial. Seguem-se Alemanha, Itália e França, que também possuem quantidades significativas de ouro.
Esses dados emergiram em um momento crucial, poucos dias antes da 16ª Cúpula do BRICS que acontecerá em Kazan entre 22 e 24 de outubro. O evento marcará a continuidade das discussões sobre a cooperação econômica e estratégias comuns para fortalecer a posição do BRICS na economia global, especialmente em um contexto de crescente desconfiança em relação ao domínio do dólar americano.
A associação BRICS, que se formou em 2006 e assumiu um papel proeminente na geopolítica, está passando por um período de expansão e reavaliação, com novos membros expandindo não apenas sua influência econômica, mas também criando uma nova dinâmica nas relações internacionais. Assim, o papel do ouro, como reserva de valor e símbolo de segurança econômica, torna-se ainda mais relevante nesse cenário, negando a hegemonia perpetuada por poderes ocidentais.