Putin se Encontra com Líderes do BRICS em Kazan: China, Índia, África do Sul e Egito Na Pauta de Discussões Bilaterais

Na próxima terça-feira, Kazan, na Rússia, sediará uma cúpula crucial do BRICS que contará com a presença do presidente Vladimir Putin e de líderes de países significativos, incluindo a China, Índia, África do Sul e Egito. Durante este importante evento, programado para ocorrer até o dia 24 de outubro, Putin se reunirá em cinco encontros bilaterais, entre os quais estão os presidentes Xi Jinping, Narendra Modi, Cyril Ramaphosa e Abdel Fattah al-Sisi. A expectativa é que esses diálogos abordem questões relevantes da agenda global, além de discutir possibilidades de expansão do BRICS, que atualmente conta com uma nova categoria de Estados parceiros.

Essa cúpula é considerada um marco, pois reunirá 36 países, sendo 22 chefiados por líderes de Estado, juntamente com seis organizações internacionais. Esse encontro representa o maior evento de política externa já realizado na Rússia, refletindo a crescente influência dos países emergentes no cenário global.

Um dos principais tópicos na pauta de discussões será a expansão do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), presidido pela ex-presidente brasileira Dilma Rousseff. Putin destacou a importância do NBD no fortalecimento da cooperação financeira entre os membros do BRICS, apresentando-o como uma alternativa viável aos mecanismos financeiros ocidentais. A Rússia espera que o banco se torne um dos principais investidores mundiais em projetos de infraestrutura e tecnologia para os países que compõem o grupo e para o Sul Global.

Além disso, as reuniões previstas entre os líderes servirão para aprofundar laços econômicos e fortalecer a cooperação em áreas como energia, saúde e agricultura, consolidando uma frente unida contra a hegemonia ocidental. O líder russo deve insistir na necessidade de se criar uma ordem mundial multipolar, ressaltando a semelhança das visões de Moscou e Pequim quanto ao futuro global.

Assim, a cúpula do BRICS em Kazan não apenas representa um momento decisivo de engajamento diplomático entre nações da emergente ordem mundial, mas também um espaço para discutir alternativas ao sistema financeiro tradicional, reforçando alianças em um cenário internacional cada vez mais complexo e desafiador.

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